[Resenha] Lady Elie – Miriam Okuno

Aviso
Essa resenha contêm Spoilers. Continue por sua conta e risco!

Um romance de época com uma mocinha autossuficiente que se mostra capaz de ser a dona de seu próprio nariz. Uma boa releitura de “Cinderela” em que o Príncipe Encantado tem que reconquistar a amada, afinal, ele não é tão encantado assim de início.


Nome: Lady Élie
Autor: Miriam Okuno
Páginas: 420
Editora: Publicação Independente


Sinopse: Após a morte de seu tio Anthony, a pequena Eleanor passa a trabalhar para sua tia malvada a fim de nunca dever a ela um centavo sequer de sua estadia na mansão Darth. Trabalhando exaustivamente, dia e noite, a menina cresce sem vontade de se casar, mas com um desejo infinito de ser livre, dona de si própria e de seu próprio negócio. Mas as coisas mudam em um belo e inesperado baile, onde a moça conhece o encantador Lord Rolfgan.


Resenha do Livro - Lady EllieLady Élie” é aquele tipo de livro nostálgico para os leitores apaixonados pelos clássicos Contos de Fadas da Disney; principalmente aqueles que sempre torciam para ver a madrasta malvada da Cinderela se dar mal, porque, embora não tenhamos uma madrasta má na obra, temos uma tia malvada que faz jus a personagem.

Aqui, somos brindados com uma “Cinderela” um pouco diferente da original. Eleanor, ou melhor, Lady Élie, é aquele tipo de protagonista que surpreende por ser autossuficiente e provar para todos a sua volta que ela não precisa de nada, nem de ninguém para se manter. Fato é, que a personagem fez com que eu me apaixonasse por ela, afinal eu amo uma mocinha independente, ainda mais em um romance de época.

A felicidade é mais do que mérito, é uma conquista.”

Entretanto, como nem tudo são flores, confesso que Lord Rolfgan ganhou meu ranço eterno, isso pelo motivo dele cometer um erro terrível na segunda noite de lua de mel do casal. Entendo que o contexto da época impedia Eleanor de fugir de seu marido, assim como entendo que o mocinho tem a chance de se redimir de seu erro ao longo da obra, mas confesso que no lugar da personagem eu JAMAIS o perdoaria.

Uma mocinha autossuficiente

E em “Lady Élie” temos uma protagonista excepcional!

Quem acompanha o blog a mais tempo, sabe que eu amo mocinhas fortes e independentes em qualquer tipo de livro, certo?! Então é óbvio que não posso deixar de exaltar a personagem desse livro, Eleanor, porque se tem uma coisa que cativa totalmente ao longo da leitura, é o protagonismo feminino dela.

Uma mulher forte, autossuficiente, de língua afiada e que não se deixa abalar após uma desilusão amorosa, pelo contrário, ela dá a volta por cima e faz o mocinho rastejar aos seus pés. Porque mesmo que eu não tenha curtido o romance que se desenrola entre Eleanor e Rolfgan, admito que eu adorei ver a personagem pisando no rapaz.

“Talvez, no futuro, venha a existir mesmo um tempo em que as mulheres poderão ser livres para deixarem o marido, sem julgamentos nem retaliações. Um tempo no qual mulheres sozinhas sejam um símbolo de força e não de vergonha. No qual haverá oportunidades iguais para homens e mulheres. E a mulher seja mesmo livre para buscar sua felicidade onde quer que ela esteja.”

Até porque, eu não sou uma das maiores fãs de histórias que envolvem traição amorosa (porque sim, mesmo em um contexto de época eu considero a libertinagem de personagens masculinos traição), então ver Eleanor sendo fria e totalmente indisposta a travar um diálogo com seu marido foi um deleite. Assim como ver o desespero de Rolfgan em reconquistar a confiança que ele havia perdido.

Ou seja, aqui temos uma “Cinderela” que possuí seus próprios dilemas a enfrentar. Afinal, o Lorde Rolfgan merece uma segunda chance?

Releitura da Cinderela

Confesso que eu sou apaixonada por releituras de Contos de Fadas e nesse quesito, “Lady Élie” não me decepcionou nem um pouco.

Isso porque como uma releitura essa obra é simplesmente perfeita!

Eu adorei poder ler uma “Cinderela” mais audaciosa, empoderada e autossuficiente. Uma moça que desafia sua tia malvada e, até mesmo, seu marido; quebrando os padrões de uma época machista e sexista, sendo inteligente o suficiente para fazer seu próprio dinheiro sem depender de ninguém.

“A perda nos faz criar camadas de proteção, cascas. Contudo, talvez, a beleza gentil também tenha o poder de fazê-las ruir, como a magia de uma varinha de condão.”

E, embora eu concorde que Élie é uma personagem surreal, tanto pelo contexto da época sugerido, quanto por ela ser praticamente um robô que faz tudo com perfeição; ainda assim, eu relevei esse ponto e me deixei levar por uma personagem que certamente se tornará uma das minhas preferidas da vida.

Porque se temos heroínas superpoderosas, porque não podemos ter uma mulher com pés no chão que sabe fazer de tudo?!

Acho que não é uma coisa tão difícil assim de se aceitar.

Uma história dentro de uma história

E pra finalizar essa resenha, tenho que mencionar que o conto que Élie cria dentro de sua própria história é lindo demais.

“Nenhum ‘bom dia’ no mundo é mais gostoso do que o do próprio sol.”

Acompanhar a jornada do amor impossível entre os deuses dos quatro elementos Ei Yu En e Joshi Yu An é apaixonante. Uma relação que prova que é possível amar sem contato físico, apenas por apreciar a companhia daquele que te faz bem. No conto, o leitor conhece uma relação pura em que é impossível não torcer para que os dois tenham um final feliz.

Confesso que realmente achei o romance entre os deuses dos quatro elementos muito melhor do que o de Élie e Rolfgan.

Lady Élie” é uma ótima releitura da “Cinderela”. Com uma protagonista autossuficiente e um mocinho que tem que se arrastar muito para poder reconquistar a amada; esse é um livro que certamente vai aquecer os corações daqueles leitores apaixonados.


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