[Resenha] Corte de Asas e Ruínas – Sarah J. Maas

Atenção:
A resenha a seguir contêm leves Spoilers de “Corte de Espinhos e Rosas” e “Corte de Névoa e Fúria”.
Continue por sua conta e risco. Aproveite e visite as resenhas desses respectivos livros.

Alerta de Gatilhos:
Violência.

Esse, com toda a certeza, foi o melhor livro da série de “Corte de Espinhos e Rosas”, entregando boas cenas de ação envoltas de muita fantasia.


Nome: Corte de Asas e Ruínas
Autor: Sarah J. Maas
Páginas: 684
Editora: Galera Record


Sinopse: Após os acontecimentos de “Corte de Nevoa e Fúria”, sabemos que as coisas não estão bem em Prythian e uma ameaça se aproxima aos poucos, fazendo todos ficarem tensos com a possibilidade de verem seus reinos serem destruídos por uma ameaça maior do que Amarantha. Feyre e Rhysand precisam da ajuda de outros Grãos Senhores para conter Hybern, mas reunir todos juntos e convencê-los da ameaça iminente não será nada fácil.


Resenha do livro "Corte de Asas e Ruínas"Corte de Asas e Ruínas” é o melhor livro dentre os três primeiros que contam a trajetória de Feyre Archeron. Aqui, além de termos uma evolução primorosa da mocinha da obra, que se mostra uma verdadeira estrategista vingativa, também temos uma guerra descrita com riquezas de detalhes a fim de transportar o leitor para os campos de batalha ensanguentados.

Resumindo, se você quer ação, nesse volume temos.

E aqui não acompanhamos apenas a confronto que se segue, mas também temos a oportunidade de conhecer novos personagens inseridos na narrativa.

Ao longo da trama conhecemos os Grãos Senhores de outras Cortes e cada um deles é único a sua própria maneira possuindo aparências e personalidades distintas que cativam, nos instigando a querer conhecer mais de suas cortes, passado e vida.

“O que achamos ser nossa maior fraqueza pode ser, às vezes, nossa maior força. E que a pessoa mais improvável pode mudar o curso da história.”

Entretanto, um dos pontos fortes da narrativa é a relação de irmãs que existem entre as Archeron. Aqui, os laços familiares estão mais fortes e perduram ao longo de todo o enredo, sendo muito bem evidenciados no desfecho, quando temos as mais incríveis reviravoltas de toda a história.

Vale destacar que Nestha Archeron consegue roubar a cena em diversos momentos, sendo uma ótima personagem para a continuação da série devido a sua complexidade e as camadas presentes na sua construção.

A melhor continuação

Se “Corte de Espinhos e Rosas” foi chato e “Corte de Névoa e Fúria” serviu para engrandecer a protagonista, Feyre. Devo mencionar, que nesse terceiro volume, com tudo construído e estabelecido, temos um enredo permeado de ação, dramas entre Cortes e intrigas amorosas.

Sem dúvida, um desfecho sensacional para a Série.

“Guerreiros sabem que lutas lutar.”

Corte de Asas e Ruínas” tem uma pegada lenta em seu início por focar no plano estratégico para que a batalha contra Hybern possa ser vencida. Então, nos primeiros dois atos da narrativa o leitor conhece personagens novos; presencia as estratégias e táticas que serão utilizadas durante o conflito; e ainda acompanha revelações e reviravoltas que servem como alicerce para o enredo e futuras sequências.

Essa lentidão no início acaba tornando a leitura enfadonha, entretanto essa construção detalhada e demorada tem o intuito de preparar o leitor para as cenas de luta e os momentos tensos que seguem o embate contra Hybern.

A Guerra

Eu gostei de como a autora, Sarah J. Maas, construiu a ambientação envolta de um confronto nesse volume; as estratégias de batalha; a forma como a narrativa impõe a ameaça de Hybern como poderosa e mortal. Esse desenvolvimento de um pré-conflito é primoroso, porém… Eu, em minha opinião pessoal, senti falta de realismo.

Veja bem, temos ótimas cenas de combates e momentos tensos que parece que nada vai dar certo; ficamos com aquela sensação de perigo ao longo da leitura; sentimos aquele friozinho na barriga por temermos pela vida dos personagens que nos cativaram e fazem parte da nossa família.

Mas, é apenas isso.

“A guerra permaneceria comigo por muito tempo depois de acabar, alguma cicatriz invisível que talvez esmaecesse, mas nunca desapareceria por completo.”

Embora todos os elementos que façam um confronto do tipo ser temido estejam presentes, não temos aquele impacto de como um conflito nesse nível teria sido mortal e destrutivo até mesmo para os poderosos Féericos. Isso porque não temos nenhuma baixa importante.

Veja bem, ninguém, absolutamente ninguém do núcleo principal morre e quando morre, ou achamos que morreram, são ressuscitados. Particularmente falando, esse recurso de matar personagem para chocar o leitor e logo em seguida ressuscitá-lo para dizer “olha, vou fazer isso não”, não me convence e apenas retira a credibilidade e o realismo que a obra poderia oferecer. Sei que a série não tem um enfoco dramático, mas, ainda assim, em uma guerra não há vencedores.

Infelizmente, por mais que eu tenha adorado como a autora constrói toda a tensão desse embate, essa falta de realismo me decepcionou.

Novos e cativantes personagens

Porém, mesmo que esse ponto tenha me decepcionado, a possibilidade de conhecer mais de perto Grãos Senhores das outras Cortes, cada um mais peculiar e distinto que o outro, me deixou extasiada.

A construção desses coadjuvantes é sensacional, visto que todos possuem características físicas e personalidades que os tornam distintos e únicos dentro do universo construído. Cada um é interessante a sua maneira. E mesmo sendo diferentes, trabalham juntos para vencerem um mal em comum.

“Então me perguntava se a cantiga da morte não seria uma bela canção, mas sim o zumbido das moscas. Se moscas e vermes seriam as damas de companhia da morte.”

Embora o foco da história não esteja nesses personagens, é nítido que a aparição deles é relevante, tornando o enredo mais complexo e completo, já que todos possuem uma função dentro do embate que se segue.

Deixo registrado, que adoraria ver mais da Corte Invernal em alguma sequência e também do Grão Senhor Helion que em poucas páginas conseguiu me convencer de que é um coadjuvante interessante de ser explorado, tanto por sua personalidade peculiar, quanto pelas histórias ocultas de seu passado inexplorado.

Família

Por fim, quero destacar o foco que a narrativa apresenta na questão da família; não apenas a de sangue, mas também aquela que escolhemos.

Desde o fato de Lucien abandonar Tamlin para seguir com Feyre e encontrar em Velaris a possibilidade de um novo lar em que ele não seja o capacho de ninguém; a relação de amizade que Rhysand, Cassian, Azriel, Amren e Mor possuem dentro da Corte Noturna e que evoca o sentimento familiar entre eles; até mesmo um encontro interessante entre irmãos ‘macabros’ que ocorre em um determinado momento.

Ou seja, a Família e a importância dela, está sempre em evidência.

“E quando aquele vento beijado pela noite nos atravessou para longe, para bem longe, para o coração da guerra, tão longe, para o perigo desconhecido… Rezei para que minha promessa fosse verdadeira.”

Mas sem dúvida o que mais chamou a minha atenção foi a relação de irmãs que existe entre Feyre, Nestha e Elain. Um companheirismo e amor que perdura ao longo da obra, evidenciando que embora elas sejam diferentes e possuam suas personalidades, todas se amam e querem o bem uma da outra.

Destaco que achei lindo como Feyre e Nestha começam a restaurar seus laços familiares, aos poucos e sem forçar a barra, cada momento entre elas me encheu de emoção e calor no peito, fato que fez Nestha se tornar minha personagem preferida do livro, afinal, embora não seja a protagonista ela consegue roubar a cena em muitos momentos.

Então, só me resta ler “Corte de Chamas Prateadas” pra poder conhecer mais da Nestha e compreender a sua personalidade.

Corte de Asas e Ruínas” é um ótimo desfecho para a trajetória de Feyre. Uma leitura repleta de bons momentos de ação e boas sequências de lutas. Sem dúvida, a continuação que a série precisava para evidenciar que ainda existe muito a ser explorado nesse universo.


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