Hoje resolvi trazer uma dica de leitura um tanto diferente por aqui. Se trata de um poema intitulado “Sir Gawain e o Cavaleiro Verde”, escrito por volta do século XIV por um autor anônimo.
Aqui, conhecemos a história do leal Cavaleiro Gawain, um dos integrantes da Távola Redonda do Rei Arthur e que era venerado por ser justo e leal ao seu rei.
Eis que em um Natal, uma criatura esverdeada e misteriosa adentra o palácio e faz um jogo com os cavaleiros ali presente.
❝Um golpe por outro golpe.❞
É assim que Gawain separa a cabeça da criatura de seu corpo, mas por ser algo místico, o Cavaleiro Verde apenas vai embora sentenciando que esperará pelo cavaleiro em sua Capela Verde no Natal do ano seguinte.
E assim começa a aventura de Gawain.
❝A pessoa que paga o que deve
Viverá sem sentir medo.❞
Narrado em versos, esse é um poema lento e que por vezes pode causar um tanto de enfado ao leitor. Afinal, mesmo que Gawain tenha partido em uma aventura, nada é muito detalhado ao longo dela, ele não tem perigos ou desafios a enfrentar ao longo de sua jornada, apenas uma provação que é a moral da história.
❝Pois os crimes dos homens podem ser encobertos, mas nunca purificados;
Uma vez entrelaçado com o pecado, viverá com ele para sempre.❞
E essa moral é apresentada ao evidenciar como a ganância do homem às vezes prevalece acima de seus próprios valores.
É interessante perceber como Gawain, apesar de todas as suas virtudes, ainda se deixa corromper pelo sentimento de que ‘tem de sair vitorioso’.
❝Jogo uma maldição sobre a covardia e a cobiça.
Elas geram vilania e vício, e destroem todas as virtudes.❞
“Sir Gawain e o Cavaleiro Verde” é um poema que eu indico para quem quer conhecer um pouco mais dos Cavaleiros da Távola Redonda e para os apaixonados pelas histórias de cavalaria do Rei Arthur. Ademais, um conselho que dou é que assistam a adaptação antes de ler o poema, pois nesse caso, acredito que um serve como um bom complemento do outro.