Fere Caudas – D. B. Antero

Uma história curta que se assemelha de forma nostálgica aos grandiosos clássicos da fantasia. O tipo de leitura que agrada facilmente aos fãs das histórias idealizadas por Tolkien e também aos fãs do bom e velho RPG de Mesa.


Teu rugir quebrou o silêncio da quietude e foi como um alerta de guerra ou coisa ruim.

Nome: Fere Caudas
Autor: D. B. Antero
Páginas: 55
Editora: Publicação Independente


Sinopse: Quando o pequeno povoado de Liturdia é terrivelmente atacado pelo cruel dragão Vixtus, só resta ao rei Raenaris enviar até o local dois de seus maiores guerreiros Fere Caudas, Inarr e Mitra, para combaterem e desolarem a enorme fera. Mas, as coisas não saem como o esperado e após a queda de um dos guerreiros e a iminente morte do outro, apenas um milagre poderia salvar Liturdia.


~O que eu achei~

Fere Caudas” é uma daquelas novelas que além de ser rapidinha de ler, possuí uma enorme carga de nostalgia reunida em sua narrativa. Uma fantasia nacional que possuí o melhor do gênero, apresentando a clássica história de guerreiros versus dragões, algo bastante similar ao estilo do saudoso J. R. R. Tolkien.

Uma inspiração nítida, tanto na forma que o autor, D.B.Antero, utiliza para narrar os fatos apresentados, quanto através da construção da personalidade única das várias personagens que compõem a obra.

“Tua imensa cauda, trilhou e riscou os céus como uma pena tinteira em um papel.”

Aqui, conhecemos guerreiros ilustres, que possuem características únicas que conseguem torná-los distintos e autênticos ao olhar do leitor, além de apresentar um dragão sinistro com uma personalidade sarcástica. O tipo de vilão apaixonado por ouro e que não perde em nada para a astúcia e maldade do grande Smaug.

Aos moldes do RPG de Mesa

Uma coisa que admirei imensamente na narrativa de “Fere Caudas”, foi a forma com que o autor escolheu narrar toda a história do ataque do temível Vixtros ao pequeno vilarejo de Liturdia. Aqui, temos uma espécie de “contação de história”, algo que se assemelha aqueles relatos feitos em volta de uma fogueira durante o descanso de um grupo de aventureiros.

“E o dragão despertou em um mal humor do tipo que se dá medo só de olhar, pois os dragões dormem em profundo sono após suas refeições e são tão mais terríveis ao serem despertados que quando estão em ativa de olhos bem abertos.”

Ou seja, uma narrativa aos moldes das tramas criadas e idealizadas por mestres do clássico RPG de Mesa. A história riquíssima em qualidade é capaz de encher os olhos não apenas daquele leitor apaixonado por fantasia e por Tolkien, como também dos amantes do bom e velho Role-Playing Game.

Uma história simples narrada de um jeito não convencional

E mesmo que “Fere Caudas” não seja uma daquelas obras com uma trama complexa, é exatamente na simplicidade que essa história cativa. Principalmente, pelo fato de ser contada como se fosse um grande relato, narrado a exaustão por gerações e gerações. E é essa simplicidade narrativa que torna a trama única.

“O dragão deleitava sobre e dormia a emanar tenebrosos roncos como que furiosos relâmpagos e trovões ao anunciar, distante, a vinda de uma tempestade.”

Toda essa “autenticidade” da forma com que a história é apresentada ao leitor pode ser vista principalmente na escrita do autor, D.B.Antero, que segue uma forma de escrita mais antiga, bem aos moldes de clássicos da literatura. Não é uma obra difícil de ler, mas sim que possuí uma grande carga nostálgica evidenciada durante todo o enredo.

A coragem

Fere Caudas” é aquele tipo de narrativa que se assemelha a uma grande contação de histórias em volta de uma fogueira. Aquele tipo de reunião que apenas amigos em grandes aventuras conseguem fazer. Sendo assim, a obra detêm um ensinamento único, que ao final da trama, persiste na mente de cada leitor; para vencer nem sempre é preciso grandes empreitadas, mas sim astúcia e coragem.

“Contudo, um som de dor irrompeu o já irrompido silêncio e sumiu logo em seguida levando consigo o terror instaurado.”

E isso reflete exatamente em como o vilarejo se vê livre do temível dragão Vixtros. Afinal, não foi muita coisa que o derrotou, na verdade, o lagarto escamoso apenas se encolheu de vergonha após ter sido humilhado por uma criança de 9 anos. Um garotinho que apenas usou de sua astúcia para poder livrar o seu lar daquela temível fera.

É assim, que a obra mostra que mesmo aqueles que parecem não ter nenhuma chance de vitória em uma batalha, podem sim vencê-la.

Fere Caudas” é uma obra curta, mas de imenso e reconhecível valor, sendo um prato cheio para leitores fãs do clássico gênero da fantasia, ou mesmo para os saudosos jogadores de RPG de mesa. Uma obra que mostra como para vencer não é preciso de ouro, grandes armas ou grande força, mas sim de um astuto e bondoso coração.


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2 comentários em “Fere Caudas – D. B. Antero

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