Recebido em parceria com a autora Adriana Jungbluth!
Livros infantis possuem o poder da nostalgia em suas páginas, mas não apenas isso, eles também detêm a eficácia de resgatar nossa espirituosa criança interior. “Timóteo e as árvores” é um bom exemplo desse tipo de livro.

Nome: Timóteo e as Árvores
Autor: Adriana Jungbluth
Ilustrador: Rodisley J. Silva
Páginas: 131
Editora: Publicação Independente
Sinopse: No pequeno bosque de Arvorelândia vive Timóteo, um broto de ipê. Alegre e ansioso, o brotinho vivia feliz com suas amigas árvores e os animais que moravam por ali. Tudo era mágico e Timóteo não via a hora de crescer. Até que um dia, um desmatamento começa a acontecer em Arvorelândia. Desesperadas, as árvores pedem a ajuda de Zeca, um tímido garotinho que sempre levava sua cachorrinha Nina para passear por ali. Unidos, Zeca e Timóteo vão tentar de tudo para impedir que o desmatamento continue e o bosque desapareça para sempre.
“Timóteo e as árvores” é aquele tipo de história que detêm o poder de encantar adultos e crianças, abordando um tema pertinente e que carece de atenção em nossa sociedade. A história simples, cativa por apresentar ao leitor mais jovem uma importante discussão acerca do desmatamento, e ao mesmo tempo, conquista o leitor mais velho ao trazer um indubitável sentimento de nostalgia.
“Teve a impressão de sentir a árvore respirar junto com ela. Deitou-se na grama e olhou para cima. Viu os pássaros no topo das árvores, cantarolando. Ela não tinha por que as temer. Não estavam ali para fazer mal a ninguém. Muito pelo contrário, elas davam sombra, frutos, abrigo e ar para os humanos.”
Se as crianças quando lerem vão tirar ensinamentos belíssimos da narrativa delicada e repleta de discussões importantes a respeito da preservação ambiental, aquele leitor mais velho e adulto, vai refletir e se deixar transportar para sua infância, o tempo em que pensava que poderia mudar o mundo com suas atitudes e palavras.
Mas, eu quero falar uma coisa. Todos nós podemos mudar um pouquinho o mundo com pequenas atitudes diárias. Acredite, não somos pequenos ou insuficientes demais para isso.
Nostalgia
Esse é o ponto que mais me cativou em toda a obra, a forma como a autora, Adriana JungBluth, conseguiu trazer para o leitor todo o sentimento de nostalgia que reside dentro de cada um de nós.
“Ele era uma criança, como poderia ajudar? Sempre lhe diziam que ele era pequeno para fazer as coisas. Foi então que pensou: porque não ajudar as árvores e salvar o bosque? Assim provaria a todos que era capaz de fazer a diferença.”
É interessante, como através da leitura de “Timóteo e as árvores”, o leitor se deixa transportar para aquele passado inocente, em que aprendeu a amar e respeitar a natureza. Um passado que acabou se tornado esquecido. Afinal, a vida de adulto é corrida demais para nos lembrarmos da importância das árvores em nossas vidas, não é?
Claro que não!
Acredite, esse anseio de querer ajudar está vivo e persiste dentro de cada um de nós, e cabe a obras como “Timóteo e as árvores” fazer com que todo o desejo adormecido de cuidar e preservar a natureza possa despertar. Sim, pequenas atitudes diárias já podem mudar o mundo!
Preserve a natureza, salve as árvores!
As árvores são importantes para a nossa sobrevivência, para a nossa vida e Adriana JungBluth aborda isso muito bem em “Timóteo e as árvores”.
O fato da autora dar vida e voz as árvores, faz o leitor não apenas se conectar com a narrativa, como também relembrar que o reino vegetal é um ser vivo assim como o reino animal e nós, humanos. As árvores, por mais que não tenham feições e não possam falar, estão vivas por dentro.
Agora, pense, como será que elas se sentem ao serem derrubadas?
“As árvores de Arvorelândia não eram como as de outros bosques, elas falavam! Mas nunca na frente dos humanos. Não se sabe bem ao certo a razão disso, mas desde que nasciam era uma das primeiras coisas que aprendiam com os mais velhos.”
Esse questionamento é o alicerce principal para fazer com que nós leitores tenhamos um vislumbre de consciência do quanto o ser humano tem sido cruel ao longo dos anos. Quando a autora dá vida as árvores ela colabora para que o leitor tenha uma ligação com as personagens, se importando com suas vidas e com todo o desdobramento acerca do desmatamento do bosque.
Um acerto eu diria, afinal me apeguei tanto a Timóteo e seu carinho por suas amigas árvores que senti tristeza ao ler as partes do desmatamento. Sim, é uma história infantil, mas carregada de emoção e sentimentos ao descrever uma realidade tão presente em nossas vidas.
Você pode fazer a diferença!
Dia 21 de setembro, é o dia da árvore! Mas, não deixe que seja apenas mais uma data em nosso calendário, divulgue a importância das árvores na nossa vida, faça a sua parte para que o mundo possa mudar.
Nós leitores, devemos seguir o exemplo do pequeno Zeca e nos empenharmos para que ocorra uma mudança e para que alguém maior e mais influente note nossa luta e se junte a nós. Com mais pessoas dispostas a mudar, tudo se torna mais fácil. Acredite, juntos temos esse poder.
“Timóteo e as árvores” é aquele tipo de livro que é muito mais que apenas uma história infantil, mas sim, uma narrativa repleta de belos ensinamentos. Uma obra que detêm o poder de encantar adultos e crianças, fazendo com que aquele leitor mais velho consiga viajar para dentro de suas páginas e para dentro de si mesmo, resgatando a criança espirituosa que um dia foi.
Aproveite que a pré-venda de “Timóteo e as árvores” vai até o dia 19 de setembro e adquira o livro através desse LINK.