Um Amor de Verão – Stephanie Silvrac

Uma leitura perfeita para se fazer naquelas tardes quentes no meio do mês de janeiro, em pleno verão tropical. Sabe aquele tipo de história que te deixa com os olhos marejados e o coração quentinho? Então, esse é certamente o livro ideal para os leitores apaixonados e que amam um bom romance.


“Havia sido um amor de verão! Ele sobrevivera àquele outono conturbado, onde as folhagens abandonaram as árvores e o passado se despiu diante deles.”

Nome: Um amor de Verão
Autora: Stephanie Silvrac
Editora: Bukatidus
Páginas: 400
Nota: 4,5


Sinopse: Olívia e Ian se conheceram durante um luau em uma praia em pleno verão americano. Esse encontro rendeu uma paixão absoluta entre os dois que culminou em uma gravidez acidental que mudou completamente a vida de Olívia e de Ian. Devido à intrigas familiares, o casal teve que se separar e após sete anos, Ian sabendo que tem um filho com a mulher que sempre amou, deseja conhecer o garoto e reconquistar o grande amor da sua vida. E assim o verão recomeça. Um novo verão. Mas será, que dessa vez as coisas vão ser diferentes para o casal?


Um amor de verão” é aquele típico livro que tem o poder de deixar o leitor com o coração quentinho após a finalização da leitura. Através de uma narrativa fluída e uma escrita suave, Stephanie Silvrac narra uma bela história que mostra que o amor supera todas as barreiras, inclusive a barreira do tempo.

Com um desenvolvimento impecável dos personagens que compõem a trama e detalhes preciosos do cenário quente da Carolina do Sul, o leitor se deixa envolver por um romance arrebatador que possuí suas próprias peculiaridades que o torna uma história linda e ao mesmo tempo original.

“A verdade é que na tentativa de fugir das amarguras do passado, havia criado as mesmas amarguras no presente.”

Apesar do enredo principal focar no relacionamento do casal protagonista, a narrativa intercala com um sutil toque de mistério acerca dos segredos familiares que conectam a família de Ian e Olívia. Segredos que vão se revelando aos poucos, através de flashbacks que intercalam com a trama principal, tornando a história instigante.

Uma escrita autêntica

A escrita de Silvrac é deliciosa. O desenvolvimento narrativo é muito bem colocado ao longo das páginas, tornando a história além de rica em detalhes, bastante fluída, entregando cenários primorosos, personagens bem construídos e vários ensinamentos sobre o valor do perdão e a importância de seguir em frente sem guardar rancor.

A autora é bastante detalhista o que é um ponto forte para os leitores ávidos por uma história que beire a perfeição. Cada cena é descrita de forma minuciosa, tornando a leitura agradável e imersiva, fazendo o leitor viajar pelas páginas do livro e acompanhar cada momento como se fosse uma grande película cinematográfica.

“Sentimento nenhum se arranca, querida – disse Elise. – Não se enterra, nem se acaba de uma hora para outra. O mais sábio é deixar fluir, é deixar que ele próprio nos guie.”

Essa imersão se deve não apenas aos cuidadosos detalhes que autora inseriu na obra, mas também a construção primorosa dos diálogos presentes na história. Cada personagem possuí sua própria voz, sua forma de falar o que torna suas características extremamente marcantes e humanizadas.

São pessoas que riem, brincam, fazem piadas entre si, tornando possível ao leitor se sentir próximo de cada personagem, como se eles fossem reais. Cada parágrafo é tão bem descrito e desenvolvido que é impossível não sentir dor, raiva, amor ou mesmo calor em algum ponto da narrativa.

Personagens e que personagens

Como eu não canso de dizer em quase todas as resenhas que faço, se tem uma coisa que eu admiro em uma obra é a humanidade dos personagens de uma determinada obra. Personagens bem desenvolvidos e bem construídos podem ser considerados a alma de um bom livro. Nesse ponto, devo salientar que Silvrac não decepciona nem um pouco.

A autora entrega personagens incríveis. Tão reais a ponto de conseguirmos sentir seus medos, angústias e anseios. Personagens que de tão humanos chegam a beirar uma “perfeição” justamente pelo fato de não serem perfeitos, mas sim totalmente imperfeitos e impulsivos, dotados de características que os levam a cometer erros e se arrependerem de tais.

Desde o casal protagonista que possuem algumas desavenças ao longo da narrativa, mas mostram o tempo inteiro que se amam acima de tudo, até os personagens secundários que além de complementarem a trama, possuem aqueles momentos que tornam a história mais dinâmica e mais palatável.

“Não havia em dicionário algum do universo uma palavra que descrevesse melhor como ele se sentiu, no instante em que seus olhos vislumbraram os cabelos vermelhos iluminados pelas chamas das tochas e pelo luar prateado sobre ela, do que “apaixonado”.”

E o que dizer do pequeno Noah? O filho de Ian e Olívia. Que criança mais adorável. Silvrac descreveu na essência o comportamento nato de uma criança de sete anos. O garotinho é um amor, curioso, carinhoso, manhoso, engraçado. Um típico garotinho que exala inocência e ao mesmo tempo nos brinda com tiradinhas cômicas e infantis.

Ressalto ainda que o relacionamento de Olívia com seu filho é lindo de ler e apreciar. A cumplicidade entre os dois, o amor, a proteção e o zelo que ambos possuem um com o outro é o tipo de amor mais puro e delicioso que se pode conhecer. É praticamente impossível encerrar essa história sem amar o relacionamento da família Bright. Um relacionamento repleto de amor, cumplicidade e respeito.

Uma vilã digna de novela mexicana

Lydia é sem dúvida a grande cereja do bolo de toda a história de Olívia e Ian. A mãe do rapaz e nora da protagonista é uma verdadeira víbora durante quase toda a trama, fazendo de tudo para separar o filho da mulher que ela acha indigna de ser esposa dele.

De início o único sentimento possível de se nutrir pela personagem é o ódio. Mas, devo destacar novamente a incrível habilidade de escrita de Silvrac que criou uma personagem que aprendemos a odiar, mas que se rende de forma tão espantosa que aprendemos a sentir um misto de pena e carinho por dela, fazendo com que o leitor chegue a torcer para uma possível reconciliação.

Diga-se de passagem, que as últimas páginas do livro são tão apreensivas que conseguem prender o leitor através de reviravoltas dignas de um roteiro de novela mexicana. É simplesmente impossível não se sentir absorto nos últimos capítulos da história e não ficar eufórico e até mesmo apreensivo com a chuva de revelações e acontecimentos que ocorrem. É praticamente tiro atrás de tiro.

No fundo, é até plausível entender Lydia e aprendemos com ela e principalmente com Olívia, já que a moça tem enfim a chance de perdoar e esquecer os erros do passado para viver uma vida nova, sem mágoas ou frustrações.

Sobre perdão, remorsos e rancor

Sem dúvida, um dos pontos mais interessantes abordados em “Um amor de verão” são as questões pertinentes em relação ao perdão, remorso e rancor.

Olívia é uma moça que tem que aprender a seguir em frente, mesmo que para isso tenha que lidar com seus próprios sentimentos, engolir seu orgulho e aprender a perdoar. O crescimento da personagem é perceptível durante toda a trama, já que vemos a mulher amadurecer e aprender com seus erros e medos.

“Ninguém foge de um fantasma criando outro fantasma.”

Outro ponto a ser destacado é a emocionante redenção de Lydia. Certamente não havia melhor forma da “grande vilã” da história se mostrar arrependida de seus atos e ter uma chance para mudar sua forma de agir e de pensar. Esse é sem dúvida o alicerce do livro.

Afinal, perdoar é um ato que parte de dentro de nós e mesmo que demore, deve ser feito de coração. Enquanto que o rancor quando absorvido e preso torna qualquer relação instável, o perdão mostra como é importante seguir em frente com o coração limpo e livre de mágoas, principalmente para se sentir em paz consigo mesmo.

Um amor de Verão” é o livro perfeito para todos os apaixonados por uma boa história de amor. Um livro leve e gostoso que além de apresentar uma paixão ardente, também ensina valores preciosos sobre perdão. Uma obra que deixa o coração quente e o espírito leve. O livro perfeito para curar uma ressaca e para se curtir em um quente dia de verão.


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