Slayed – Ágatha Seravat

Motoqueiros, amores selvagens, um homem em busca de redenção e uma pitada de hot para complementar. Se você gosta de histórias de ação que envolvam um romance quente e arrebatador, certamente esse é o livro certo para você.


“Jazmine me desfazia. Eu não era eu mesmo quando ela estava comigo, eu era outra pessoa, outra coisa, melhor.”

Nome: Slayed – Black Wolves MC
Autor: Ágatha Seravat
Editora: Publicação Independente
Páginas: 258
Nota: 3,5


Sinopse: Após passar sete anos preso acusado de um crime que não cometeu, Brody Hawkings o “Slade”, é finalmente liberado. No entanto, muita coisa mudou, não apenas no Moto Clube em que ele atuava como “Carrasco”, mas também dentro de si próprio. Movido pela vingança e também pelo amor, Slade está disposto a tudo para recomeçar.


Slayed” é o primeiro livro de uma série que tem como proposta narrar a história de um Moto Clube chamado “Black Wolves. Nesse livro de abertura, o leitor acompanha a trama intensa que envolve Slade, o carrasco do grupo. Com uma narrativa simples e fluida, Seravat entrega um enredo que tira o fôlego do leitor, seja pelas cenas de ação ou pelas cenas quentes que ocorrem durante a trama.

A história principal gira em torno dos integrantes do Black Wolves abordando relacionamentos, medos e problemas pessoais dos principais membros do Moto Clube. É notável que a autora fez uma ampla pesquisa para desenvolver todo o contexto da narrativa, bem como para criar o universo dos MC, que possui regras, títulos e termos próprios. Um mundo bem detalhado e descrito.

“Essa era a vida que ele tinha e nada mudaria isso, eu sabia. Só podia torcer. Torcer para ser sempre outro deitado naquela cama de hospital. Torcer para que ele sempre vencesse, sempre voltasse inteiro.”

A narrativa leve e intensa é contada através da perspectiva dos personagens principais, Jazmine e Slade. Ambos nos apresentam de forma sútil e agradável a ambientação e a trama de fundo que permeia o romance; uma guerra entre Moto Clubes.

Devo destacar que apesar do livro ter cenas de ação, o foco principal da obra é o romance entre os protagonistas, no entanto, ressalvo que a aproximação e a paixão dos personagens ocorre de forma gradual, contribuindo para que o leitor se sinta instigado durante a leitura.

Um protagonista quebrado

Apesar de ser uma história que possui o teor “Hot”, há de se destacar que esse não é o foco principal da trama, mas sim o perdão. E não apenas o perdão que teria que ocorrer entre o casal principal, mas sim um “auto perdão“. Perdoar a si mesmo para poder recomeçar do zero.

“Essa era a minha sentença a cumprir para finalmente estar livre. E era doce. Matar aquele filho da puta era minha única meta de vida agora.”

Brood (Slade), o protagonista do primeiro volume, é um homem que tinha sonhos e uma esperança de construir um futuro, uma família, um legado. No entanto, tudo que ele possuía foi arrancado de suas mãos devido a uma falsa acusação que fatalmente culminou na destruição de sua vida. Slade passa sete anos na cadeia acusado de um crime que não cometeu e para não destruir a vida da mulher que amava assim como a sua própria vida fora destruída, renunciou a ela. Jazmine por outro lado, nunca entendeu porque o homem que amava a “abandonou”. Ela não compreendia, se sentia ferida e magoada. Ela o amava sim, mas seu orgulho não permitia perdoá-lo.

Ao sair da cadeia, Slade tem a chance de recomeçar sua vida, no entanto, sete anos não são sete dias e muitas coisas mudaram. O personagem possui muitos conflitos dentro de si, principalmente por achar que não pertence mais ao lugar que lhe acolheu como família, as coisas mudaram e ele não se reconhecia mais.

É interessante vermos o ponto de vista do protagonista, entendermos o que se passa em sua cabeça e como ele se sente deslocado, a dualidade de sentimentos que o faz ter um ciúme excessivo de sua ex-namorada, mas que também o faz entender que ela já não é mais sua, a doença de sua mãe ou mesmo a culpa por não estar presente para evitar que seu irmão mais novo fosse torturado. Slade é um personagem quebrado.

Intensidade de sentimentos

É claro que devemos falar sobre toda a tensão sexual que envolve a trama de “Slayed”, afinal o foco do livro é o romance hot que diga-se de passagem é bem quente.

O casal protagonista é bastante intenso e isso fica claro principalmente pelo ponto de vista de Jazmine que expressa toda a intensidade de sentimentos que possui por seu ex-namorado. A moça está ferida, mas nunca deixou de amá-lo e isso contribui para que ela se sinta bastante atraída por seu antigo amor. No entanto, a magoa e a ferida que ele deixou em seu coração após renunciá-la são maiores que a vontade de tentar novamente.

“Era lento, provocante. Jack era lava derretida, enquanto Slade era o fogo do inferno. O meu inferno pessoal.”

Essa tensão sexual entre os personagens permeia toda a história, seja em pensamentos, diálogos ou cenas quentes e quando finalmente o ápice acontece, a explosão é tão intensa quanto a grande preliminar que é o deleite da obra.

É interessante de acompanhar como Slade e Jazmine são fortes em lidar com várias situações, no entanto são extremamente fracos em relação um ao outro. Enquanto ela tenta relutantemente viver sua vida longe do motoqueiro, ele tenta esquecê-la, mas como um bom romance é óbvio que não conseguem.

Depressão e Possessividade

Uma das coisas que chamou a minha atenção é o fato de que a autora constrói personagens quebrados, que não são perfeitos e que possuem defeitos e problemas reais. E dois que são bastante perceptíveis em Slade é a Depressão e a Possessividade.

Fica nítido na obra que o protagonista Brood Hawkings, conhecido no moto clube como Slade, se encontra com depressão. Ele tenta se reerguer, tenta ver algo de positivo, mas tudo parece tão obscuro à sua frente. Sem perspectivas ele acaba não conseguindo controlar suas emoções e muitas das vezes isso reflete em sua personalidade, o tornando uma pessoa ciumenta e possessiva.

Devo destacar inclusive que essa personalidade possessiva do personagem foi algo que me incomodou na leitura e me fez não gostar dele e nem de suas atitudes, isso sendo é claro, uma opinião pessoal minha como leitora.

“Eu e Slade não seríamos fáceis, nunca fomos. Não éramos um conto de fadas… Nós éramos uma epopeia: como Tristão e Isolda, como Paris e Helena.”

Veja bem, essa é a personalidade do personagem, que muito possivelmente se intensificou com o distúrbio da depressão, serve para a construção e amadurecimento do mesmo. E quando digo que ele é um personagem possessivo, não me refiro a uma possessão apenas com a mulher que ele ama, mas sim, uma possessão a tudo e todos que o cercam.

Essa personalidade feroz de Slade fica evidente pelo fato de acompanharmos momentos da história através da sua perspectiva e termos acesso aos seus pensamentos. Ou seja, não é surpresa quando o vemos ter uma pontada de ciúmes ao ver seu irmão conversando com aquele que ele julga ser um “rival”.

No entanto, há de se elencar que apesar da possessividade ser parte de sua personalidade, Slade tenta a todo custo se controlar e não se tornar abusivo. Afinal, ele sabe que é ruim tanto para ele, quanto para aqueles que ama.

Saliento ainda, que mesmo sendo um ponto negativo que quis destacar na obra e que de certa forma me incomodou, não posso negar que esse traço da personalidade do rapaz seja fundamental para o crescimento e amadurecimento do personagem.


“Slayed” é o primeiro livro de uma série de seis livros que compõem a história do Black Wolves MC. Esse é o livro de abertura que além de sintetizar o ambiente em que se passa a história, também serve para fazer o leitor se familiarizar tanto com os personagens que compõem o enredo, quanto com a ambientação em que a trama se desenvolve.

É um livro que agrada a um certo tipo de público. Então recomendo se você gosta de histórias quentes, recheada com um romance arrebatador e uma pitada de ação para complementar a experiência. Uma história repleta de tensão, emoção e muita paixão.


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