Barbolândia: A Fuga do Herdeiro – Bruno Melo

Uma aventura deliciosa de acompanhar. Uma história doce, agradável e carregada com leves “puxões de orelhas” que faz o leitor ponderar sobre algumas questões da vida.

Yo-ho-ho-ho! Segurem seus chapéus de pirata e embarquem comigo no navio do Capitão William Barba!


“Pode ser que, às vezes, não tenhamos o controle de tudo.
Mas podemos fazer pequenos ajustes para tornar a vida um pouco melhor.”

Nome: Barbolândia, a fuga do herdeiro
Autor: Bruno Melo
Editora: Barbohouse
Páginas: 78


Sinopse: Em um belo dia, cansado da vida que leva na mansão onde vive, Ryan, herdeiro de uma glamourosa família, resolve fugir. Para onde? Nem ele sabe. Mas ele foge e se depara com perigos tenebrosos que existem nos becos escuros da cidade. Após alguns infortúnios ele acaba indo parar em um navio com três figuras estranhas. Três piratas.

E quem diria que esses piratas seriam tão gente boa?


Barbolândia” é um livro encantador. Repleto de aventuras imprevistas que culminam em momentos eufóricos, causando no leitor um anseio ingênuo de querer saber o que vem em seguida. Uma história agradável, escrita leveza e fluidez que tornam a narrativa tão imersiva que ao chegar no fim causa aquela impetuosa sensação de desolação.

“Aliás, perdido não. Ryan sabia que nem isso ele estava, pois estar perdido significava que havia um destino final a se chegar. Nesse momento, a verdade era que ele não tinha lugar algum a ir. Logo, não estava perdido – estava sem rumo.”

Apesar de curto, o livro possui conteúdo suficiente para entreter o leitor. Mérito do autor, Bruno Melo, que entrega uma aventura capaz de causar curiosidade, risos e também (e porque não?) apreensão. Tudo narrado de forma leve, simples e muito bem construída. Desde o enredo cativante, até os personagens caricatos e divertidos.

Um herdeiro. Um mordomo. Três piratas.

Os personagens criados são excelentes. Cativam a seu próprio modo e possuem características únicas, que os diferem entre si. É impossível ler as pouco mais de 70 páginas e não se sentir apegado a todo o grupo principal que é apresentado ao longo da trama. Núcleo esse que se conecta muito bem entre si, mesmo que o contato entre eles seja tão breve.

“Você não sabe que é feio fazer comentários pessoais? Não é da sua conta, mas Barba é um nome de família! Uma geração muito nobre de bucaneiros, a dos Barbas! E eu me orgulho muito disso! Você não tem orgulho da sua família?”

Um dos personagens que mais chamou a minha atenção foi o mordomo que é apresentado na história e que funciona como uma espécie de “voz da consciência”. Um homem experiente o suficiente na vida para jogar no ar vez ou outra uma afirmação ou frase que deixa tanto o protagonista quanto o leitor pensativos.

“Todos nós temos escolhas… Mas você não deve querer ser independente só por que não querer ter de cumprir suas responsabilidades. Independência requer responsabilidade em dobro!”

Sem sombra de dúvida os personagens fazem de “Barbolândia” um livro encantador. São engraçados, puros, divertidos e ao mesmo tempo possuem uma grandiosa veia de honestidade que entrega ao leitor pessoas que mesmo não sendo “certinhas” possuem um senso crítico de certo ou errado. Afinal, abandonar alguém a própria sorte não é algo que um pirata honesto faria!

O incrível mundo de Barbolândia

Existe um ponto que quero muito discorrer sobre, que é o quanto essa aventura é imersiva. Bruno Melo criou um mundo que existe. Sim pessoal, “Barbolândia” existe e você que está lendo essa resenha agora pode encontrar quaisquer informações sobre no Instagram: Ilha de Barbolândia.

Uma das coisas que mais me surpreendeu assim que iniciei a leitura foi o fato de o autor apresentar logo de cara, as coordenadas geográficas de localização da Ilha de Barbolândia, algo que afirmo que pelo menos para mim como leitora, foi inédito. Tirando o fato de que o livro vem com um brinde espetacular que é uma passagem personalizada para a ilha.

Logo, é extremamente fácil imergirmos na história, imaginarmos, nos aventurarmos com os personagens e principalmente acreditarmos que o mundo que nos é proposto é real. Barbolândia existe!

Belas ilustrações!

Por fim, destaco minha admiração pelas ilustrações que compõem o livro. São desenhos fofos e simples, mas que me fizeram lembrar o estilo de imagens que compõem algumas obras de Tim Burton, como “A noiva cadáver” por exemplo. São ilustrações de traços simplórios, mas ao mesmo tempo belíssimos e bem detalhados, que além de combinar com a obra, divertem, exploram e auxiliam a imaginação.

“Nenhum dinheiro no mundo pode pagar por compaixão, ou, até mesmo, por amizade, meu senhor.”

Barbolândia” não é apenas uma leitura confortável de uma aventura divertida. É um mundo em que podemos esquecer nossa realidade e mergulhar sem medo de nos afogarmos em uma estonteante história que nos fará ri e que nos transportará para um lugar que vamos terminar de ler torcendo arduamente para que realmente exista e que nossa passagem possa nos levar para a encantadora “Ilha de Barbolândia”.

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